Olá, olá, olá, o
SARS-Cov2, vírus pertencente a família do coronavírus e que causa a doença conhecida por COVID-19
esta aí e nos traz muito mais que uma doença, nos faz refletir e ter um olhar
diferenciado sobre nós e o próximo, ou pelo menos deveria. Pois bem vamos
compreender alguns conceitos.
Os
Vírus
Os vírus são partículas
biológicas acelulares e que não conseguem apresentar um metabolismo próprio. Por
essa razão são considerados parasitas intracelulares obrigatório, ou seja,
necessitam estar dentro de uma célula (animal, bactéria, planta, etc.) para que
consigam produzir novas cópias. Desta maneira, muitos vírus não conseguem
sobreviver por muito tempo fora de um organismo. O que vai determinar sua
sobrevivência são alguns fatores como o clima, temperatura, quantidade de
radiação solar, superfície em que se encontra, entre outros.
O SARS-CoV2, como já
mencionei, pertence a família dos coronavírus, grupo esse, já conhecido desde a
década de 60. Segundo a classificação de Baltimore, esse vírus está inserido no
grupo IV, que são vírus (+) ssRNA. Traduzindo, tais seres apresentam em sua
constituição uma molécula simples de RNA como material genético e ainda esta
fita pode se comportar como mRNA (senso positivo). Isso representa de certa
maneira, uma maior facilidade para este grupo se multiplicar dentro das células
hospedeiras, uma vez que não existe a necessidade de união com o DNA da célula parasitada.
O
SARS-Cov2
Todos os estudos sobre
esse organismo ainda são muito recentes e muitos ainda incertos. Existe uma
provável origem que seria através da divergência do coronavírus de cobra, o que
é questionado, uma vez que estudos recentes demonstram que seu material
genético tem 99% de semelhança com a carga genética de um mamífero denominado
pangolin, encontrado na Ásia, sendo assim, podemos identificar sua provável
origem de divergência e mutação viral.
Este vírus infeta o
organismo através das vias respiratórias e úmidas do corpo (boca, nariz e
olhos), graças a presença do gene/enzima ECE2, presentes em células humanas. O
vírion (nome dado a toda estrutura viral) se funde a membrana lipídica da
célula hospedeira liberando seu RNA, que por sua vez é lido pela célula
infetada produzindo proteínas que inibem o sistema imunitário e ajudam a
sintetizar novos vírus, que são então, liberados infetando novas células ou
depositando-se em gotículas que são liberadas na tosse ou no espirro.
A COVID-19 (do inglês COrona VIrus Disease 2019) é
uma doença infeciosa causada pelo coronavírus
da Síndrome Respiratória Aguda 2 (SARS-CoV2). Apresenta como sintomas comuns a
febre (87,9%), tosse seca (67,7%), fadiga (38,1%), expectoração (33,4%),
desconforto respiratório (18,6%) e dores articulares/musculares 14,8%. Cerca de
80% dos casos confirmados são ligeiros ou assintomáticos tendo em sua maioria
uma recuperação sem sequelas. Por outro lado, 15% apresentam infeções graves
necessitando de oxigênio e 5% são muito graves apresentando a necessidade de
ventilação. Casos muito graves podem evoluir para pneumonias graves,
insuficiência respiratória grave, falência de vários órgão e morte.
Vale ressaltar, que
apesar de ter uma capacidade infetante muito alta, esse vírus apresenta um
índice de mortalidade muito baixo quando comparados a vírus existentes: o vírus
da raiva apresenta uma taxa de 99,9% de mortalidade dos infetados, Ebola Z, 83%
e o Ebola S, 54%.
Por
que ficar em casa?
Analisando toda essa
situação, por qual motivo devemos ficar em casa uma vez que o indicie de
mortalidade é baixo?
Pois bem, devemos
lembrar que por mais que 80% da população que venha a se infetar pelo vírus não
sofra nenhum sintoma, estamos cercado pelo restante da população que pode
apresentar, essa população são nossos avôs e avós, nossos pais, aquele familiar
e amigo que apresenta alguma doença ou outra comorbidade que o coloca em grupo
de risco, e a própria sociedade como um todo.
Dessa maneira nos
precavendo e utilizando os EPIs (Equipamentos de proteção individual),
contribuiremos para evitar uma maior propagação do vírus. O período em que
vivemos (outono/inverno) apresenta os maiores índices de propagações de
doenças, uma vez que são estações com temperaturas mais amenas e temos a
tendência de ficarmos mais agrupados em ambientes fechados, o que por sua vez
gera um maior índice de propagações de doenças virais e bacterianas.
Por outro lado, sabemos
que nossos sistemas de saúde não apresentam equipes e leitos/ equipamentos que
possam atender elevados casos de doenças, principalmente pela pandemia causada
pelo coronavírus.
Desta maneira, devemos
sim, deixar de lado nossas vontades egoístas e levar em consideração o próximo,
devemos EVITAR a circulação em locais movimentados e caso não seja possível
evitar, uma vez que precisamos trabalhar, comer, etc., que possamos então saber
fazer a devida proteção e higienização, que possamos ainda utilizar de nossas
saídas para resolver tudo que precisamos de uma única vez e principalmente
ajudemos aqueles que estão no grupo de risco e não podem ou não deveriam sair.
Podemos lembrar que
recentemente no Japão, após o desastre nas usinas nucleares, os idosos se
colocaram a disposição para trabalhar evitando assim, a contaminação dos mais
novos que apresentam uma vida pela frente e é o grupo em idade reprodutiva,
assegurando o futuro da nação. Que possamos então assegurar a vida desses que
tanto fizeram pela gente e aqueles a quem temos muita estima.
Espero que esse texto
possa lhe tirar dúvidas, lhe trazer conhecimento e ainda uma profunda reflexão.
Meu grande
abraço,
Luciano Mizael
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